Carregando Processando informações...

Notícia

Voltar a lista de notícias

08.02.2024

IPCA registra 0,42% em janeiro


Nos Alimentos, os efeitos do El Niño explicam a variação dos preços de muito alimentos.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo IBGE registrou variação de 0,42% em janeiro de 2024 – abaixo do verificado em dezembro de 2023 (0,56%) e no ano anterior, em janeiro de 2023 (0,53%). Com o resultado de jan/24, a inflação acumulada de 12 meses ficou em 4,51%, ligeiramente acima do teto da meta (4,5%).

Entre os nove grupos do IPCA, seis registraram elevação e dois tiveram recuo. O grupo de Alimentação e Bebidas (1,38%) seguiu acelerando e foi responsável por 0,29 p.p. do índice cheio, maior contribuição para o resultado do mês. A alta foi motivada pelo aumento da Alimentação no Domicílio (1,81%); Alimentação fora do Domicílio desacelerou ao registrar 0,25%. Quanto aos grupos com variações negativas, o destaque fica por conta de Transportes (-0,65%), que segurou o índice cheio ao contribuir com -0,14 p.p.. Comunicação (-0,08%) também recuou, mas teve impacto nulo (0,0 p.p.). Com relação aos demais grupos, Saúde e cuidados pessoais teve a segunda maior contribuição (0,11 p.p.) ao variar 0,83%, seguido de Despesas Pessoais (0,82%; 0,08 p.p.). As altas nos demais grupos foram de 0,33 em Educação (0,33%), 0,25% em Habitação, 0,22% em Artigos de Residência e 0,14% em Vestuário.

Nos Alimentos, os efeitos do El Niño, com chuvas excessivas em alguns lugares e estiagem em outros, explicam a variação dos preços de muito alimentos. A cenoura subiu 43,85%, a batata inglesa 29,45%, o feijão carioca aumentou 9,70%, o arroz 6,39% e as frutas, 5,07%. Pelo lado do impacto baixista, dentro do grupo de Transportes, o destaque foi de Passagens Aéreas, com a queda de 15,22% sendo responsável pelo maior impacto negativo individual para o índice geral (-0,15 p.p.). Também dentro de Transportes, Combustíveis também recuaram (-0,39%), mas impactaram menos o índice (-0,02 p.p.); houve recuo no etanol (-1,55%), óleo diesel (-1,00%) e gasolina (-0,31%), enquanto o gás veicular registrou alta (5,86%).

Para a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o índice variou 0,13% em janeiro, desacelerando na comparação com o mês anterior (0,43%). Entre os grupos, quatro tiveram variação negativa, com maior impacto de Transportes (-0,28 p.p.) ao ter recuado 1,32%. Os preços de Artigos de Residência reduziram 0,77%, Vestuário teve baixa de 0,29% e a Habitação recuou 0,07%. Entre as altas, o maior impacto altista (0,22 p.p.) veio do grupo de Alimentação e bebidas (1,06%), seguido por Saúde e cuidados pessoais (0,84%; 0,11 p.p.), Despesas Pessoais (0,90%; 0,09 p.p.). Educação (0,45%) e Comunicação (0,29%) tiveram impactos menores (0,02 p.p. cada). Assim, com mais grupos registrando recuo em relação ao IPCA nacional, além do maior impacto baixista de Transportes ante um impacto altista alto, porém menor dos alimentos no RS que no Brasil, o RMPA ficou bem abaixo do IPCA nacional.

O resultado do IPCA de janeiro surpreendeu para cima, vindo acima das nossas expectativas (0,37%) e do mercado (0,36%). A evolução do índice seguiu com difusão elevada (65%), patamar que se verifica tanto entre alimentos quanto no grupo dos não-alimentícios. Entre os cinco núcleos da inflação acompanhados pelo Banco Central, três aceleraram em janeiro, limitando a desaceleração da média dos núcleos ante o mês anterior; ainda assim, a média em 12 meses seguiu perdendo força (de 4,34% para 4,25%). A inflação de serviços subjacentes, no entanto, acelerou na passagem do mês, de 0,68% em dezembro para 0,76% em janeiro.

A surpresa da leitura de janeiro para cima junto a um aspecto qualitativo menos favorável mantém o alerta ligado, sobretudo relacionado à dinâmica dos serviços ante um mercado de trabalho que segue aquecido. O resultado, portanto, reforça o tom de cautela da autoridade monetária nas decisões sobre o plano de voo mais à frente para a magnitude dos cortes na Selic, colocando ainda maior atenção sobre as próximas leituras. Ainda assim, apesar do resultado pior que o esperado, e considerando as pressões sazonais de início de ano sobre os preços – para além dos efeitos do El Niño sobre os alimentos já esperado para o primeiro trimestre –, o cenário para a inflação neste ano segue, de maneira geral, com suporte para uma dinâmica relativamente comportada.

 

Fonte: Fecomércio - RS






Mais notícias

®2014 | SINDILOJAS DE FARROUPILHA - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


Olá!

Clique no logo abaixo para conversar pelo WhatsApp com o Sindilojas Farroupilha ou envie um email para:
sindilojas@sindilojas.far.br

Sindilojas Farroupilha: compromisso com os empresários

Olá!

Utilize a renovação/emissão do seu certificado pelo WhatsApp com o Sindilojas de Farroupilha ou envie um email para:
certificadodigital1@sindilojas.far.br
certificadodigital2@sindilojas.far.br

Sindilojas Farroupilha: compromisso com os empresários